Sábado, 18 de Janeiro de 2025
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IDEC expressa preocupação com as declaraçoes de Zuckerberg da Meta

Democracia em Xeque: O que está por trás do anúncio de Zuckerberg sobre as mudanças Meta

08/01/2025 às 12h44 Atualizada em 08/01/2025 às 17h38
Por: Gilberto Gonçalves
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IDEC expressa preocupação com as declaraçoes de Zuckerberg da Meta

Democracia em Xeque: O que está por trás do anúncio de Zuckerberg sobre as mudanças Meta - MP vai intwerpelar a meta

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 Ministério Público Federal vai interpelar a Meta, proprietária do Facebook, Instagram e WhatsApp, para esclarecer se a decisão de Mark Zuckerberg, dono da empresa, de encerrar a checagem de publicação nas plataformas, vale para o Brasil.

O liberou geral da Meta, agora alinhado aos interesses de Donald Trump, segue o padrão adotado por Elon Musk no X, que chega a afrontar a soberania dos países.????????
A preocupante guinada da Meta só reforça a necessidade da regulamentação das big techs no Brasil, o que já aconteceu na União Europeia e Austrália.


Por aqui, a decisão de Zuckerberg pode piorar o que já é ruim, pois as plataformas continuam funcionando como terra sem lei, abrindo espaço para a disseminação de toda sorte de preconceitos, para a calúnia e a difamação, além de pregações de violência. Ou seja, o conceito republicano da liberdade de expressão é deturpado e usado para o cometimento de crimes./ Charge: @hector_cartunista

O Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) expressou preocupação com as alterações anunciadas por Mark Zuckerberg, CEO da Meta, nesta terça-feira (7). Em comunicado, a entidade destacou que a substituição do sistema de checagem de fatos por “notas da comunidade” nas plataformas Facebook, Instagram e Threads representa um risco significativo para os consumidores.

Segundo o Idec, o novo modelo, que permite que os próprios usuários avaliem a veracidade de conteúdos, combinado à redução dos filtros de moderação, pode favorecer a disseminação de desinformação, discursos de ódio e conteúdos prejudiciais. A entidade considera que a decisão fragiliza a segurança digital, especialmente em períodos eleitorais, e afeta diretamente grupos vulneráveis, como idosos, crianças, adolescentes e pessoas negras.

 

“Essas alterações afrontam iniciativas regulatórias legítimas e aumentam os riscos de fraudes, abusos e informações enganosas que impactam ações cotidianas, como compras online e busca por informações sobre saúde”, afirmou o Idec em nota.

 

O instituto também destacou o problema estrutural da concentração de poder nas mãos de grandes corporações, como a Meta, que atuam como árbitros do espaço público digital. Para o Idec, a decisão demonstra o desequilíbrio entre os interesses corporativos e os direitos e segurança dos usuários.

 

Alterações anunciadas pela Meta

 

Zuckerberg anunciou que o sistema de checagem de fatos será substituído gradualmente por “notas da comunidade”, um modelo semelhante ao adotado pelo X (antigo Twitter), de Elon Musk. Nesse formato, os usuários poderão adicionar notas aos conteúdos, e essas observações só serão publicadas mediante consenso entre os participantes.

O CEO afirmou que a Meta busca “voltar às raízes da liberdade de expressão”, simplificando políticas e reduzindo erros de moderação. Segundo ele, o sistema anterior falhou ao criar desconfiança e censurar conteúdos de forma inadequada.Zuckerberg também mencionou uma parceria com o governo dos Estados Unidos, que será liderado por Donald Trump a partir de 20 de janeiro. Segundo ele, a Meta trabalhará para combater pressões de governos estrangeiros sobre empresas americanas e reforçar a liberdade de expressão nas plataformas.

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