Sábado, 18 de Janeiro de 2025
Do país LULA

Cirurgia de Lula realizada às pressas foi definida como “operação de guerra”.

Equipe que atende o presidente emitiu Boletim Médico hoje cedo

10/12/2024 às 11h32 Atualizada em 10/12/2024 às 12h40
Por: Gilberto Gonçalves
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Cirurgia de Lula realizada às pressas foi definida como “operação de guerra”.

Assessores próximos ao presidente Lula (PT) definiram como uma “operação de guerra” a transferência de Brasília para São Pauloonde ele foi submetido a uma cirurgia no Hospital Síríio Libanês e onde continia internado. ( A imagem ao  lado é de IA - 2024-12-10 11.31.42 - Um banheiro doméstico simples e bem iluminado, com um idoso de cabelo grisalho caindo ao lado da banheira)

Lula desembarcou em São Paulo por volta das 23 horas de segunda-feira, acompanhado da primeira-dama, Janja, que permanece ao seu lado no hospital. Antes disso, o presidente sentiu fortes dores de cabeça durante seu expediente no Palácio do Planalto e foi levado ao Hospital Sírio-Libanês em Brasília.

Após a realização de exames, incluindo uma ressonância magnética que identificou hemorragia intracraniana, os médicos decidiram pela transferência imediata.

Os profissionais afirmaram que a hemorragia foi consequência do acidente doméstico ocorrido em outubro, no banheiro do Palácio da Alvorada. A cirurgia para a drenagem do hematoma foi bem-sucedida, e a equipe médica planeja conceder uma entrevista coletiva na manhã desta terça-feira para detalhar o caso. A alta do presidente está prevista para o final de semana.

“No momento, o Presidente encontra-se bem, sob monitorização em leito de UTI”, informou o boletim médico. Lula está sob os cuidados de Roberto Kalil Filho e Ana Helena Germoglio. Um novo boletim médico será divulgado ainda nesta manhã:

Boletim Médico - Luiz Inácio Lula da Silva

10/12/2024 às 07:00

Presidente Luiz Inácio Lula da Silva esteve ontem à noite (09/12) no Hospital Sírio-Libanês, unidade Brasília, para realizar exame de imagem após sentir dor de cabeça. A ressonância magnética mostrou hemorragia intracraniana, decorrente do acidente domiciliar sofrido em 19/10.

Foi transferido para o Hospital Sírio-Libanês, unidade São Paulo, onde foi submetido à craniotomia para drenagem de hematoma. A cirurgia transcorreu sem intercorrências. No momento, o Presidente encontra-se bem, sob monitorização em leito de UTI.

O boletim médico atualizado será emitido pela manhã. Coletiva de imprensa será realizada pela manhã também.

O Presidente segue sob acompanhamento da equipe médica, sob os cuidados do Prof. Dr. Roberto Kalil Filho e da Dra. Ana Helena Germoglio.

Dr. Luiz Francisco Cardoso
Diretor de Governança Clínica

Dr. Álvaro Sarkis
Diretor Clínico

Link para a gravação da coletiva realizada hoje pela manhã: https://www.dropbox.com/s/inku1udn082fxec/10.12.2024-Grava%C3%A7%C3%A3o%20Coletiva%20HSL.mp4?dl=0

Cerca de 40% dos idosos acima de 80 anos sofrem quedas anualmente, segundo o Ministério da Saúde:

Geriatra Kelem de Negreiros Cabral, comenta

“A fratura de fêmur, por exemplo, é uma das mais sérias. Estudos mostram que 30% dos idosos que sofrem esse tipo de fratura podem morrer em até um ano", afirma a geriatra Dra. Kelem de Negreiros Cabral, do Hospital Sírio-Libanês. No Brasil, um em cada quatro idosos sofre quedas anualmente, de acordo com o Estudo Longitudinal da Saúde dos Idosos Brasileiros (ELSI-Brasil). Entre aqueles com mais de 80 anos, essa prevalência sobe para 40%, segundo o Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (INTO). Em asilos e casas de repouso, o índice pode chegar a 50%. As quedas em idosos são um problema grave, com consequências que podem impactar profundamente sua qualidade de vida e até aumentar a mortalidade.

As causas das quedas entre idosos são diversas e vão desde fatores clínicos, como hipotensão ortostática – que consiste na queda súbita na pressão arterial quando o indivíduo se levanta ao estar sentado ou deitado - e problemas de memória, até questões ambientais, como tapetes soltos e iluminação inadequada. “Os idosos acumulam fatores de risco, como baixa vitamina D, calçados inadequados, uso de medicamentos e condições emocionais, como depressão e medo de cair, que aumentam a probabilidade de acidentes", explica a especialista.

Alguns indicadores podem sinalizar a necessidade de uma avaliação mais detalhada:
• Quedas ou quase quedas nos últimos 12 meses; • Sensação de desequilíbrio ao andar; • Preocupação constante com a possibilidade de cair.

Ao notar esses sinais, é importante buscar ajuda profissional. “Compreender e agir sobre os fatores de risco pode salvar vidas e melhorar significativamente a qualidade de vida dos idosos”, conclui Dra. Kelem. De acordo com ela, a prevenção de quedas é um esforço coletivo que exige atenção, educação e mudanças, mas que pode garantir mais segurança e autonomia na terceira idade.

Como prevenir as quedas
A prevenção de quedas em idosos exige uma abordagem abrangente que combine ajustes no ambiente doméstico e cuidados clínicos. Medidas simples, como instalação de corrimãos, luzes noturnas e a eliminação de tapetes soltos, podem minimizar riscos, mas, segundo a geriatra Dra. Kelem Cabral, é fundamental ir além. “Avaliar a marcha, o equilíbrio e as condições clínicas do idoso permite identificar fatores de risco específicos”, destaca. Relatar episódios de quase quedas ou quedas leves ao médico também é crucial para ajustes no plano de cuidados, reforçando o papel dos familiares e cuidadores nesse processo.

A tecnologia é uma aliada poderosa na segurança dos idosos. Dispositivos como colares e relógios inteligentes, que detectam quedas e enviam alertas automáticos, e sensores de movimento que iluminam o ambiente durante a noite, oferecem suporte prático e imediato. Além disso, barras de apoio ergonômicas adaptáveis contribuem para um ambiente mais seguro. "Esses recursos reduzem o risco de quedas e promovem tranquilidade tanto para os idosos quanto para seus cuidadores", conclui a especialista.

Reabilitação e desafios
Quando uma queda ocorre, o processo de reabilitação pode ser complexo. "Tudo depende da gravidade da lesão, mas é necessário envolver o idoso, familiares e cuidadores em um plano integrado, que inclua fisioterapia e adaptações no ambiente", diz Dra. Kelem. “No Hospital Sírio-Libanês, por exemplo, pacientes que procuram o pronto-socorro após quedas recebem uma avaliação direcionada e saem com orientações específicas para prevenir novos acidentes”, completa. A prática de exercícios como Pilates e Tai Chi Chuan, além de fisioterapia focada em força e equilíbrio, também é recomendada. "Essas atividades ajudam a melhorar a marcha e reduzem a probabilidade de quedas futuras", afirma a especialista.

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