No domingo, dia 24/11/24, os operários das plantas da PepsiCo em Itaquera e Sorocaba decidiram iniciar um movimento grevista pelo fim das escalas de trabalho 6x1 e 6x2 na empresa. No dia 22, o sindicato da categoria já havia realizado uma reunião com representantes da empresa, que foram intransigentes na defesa das escalas abusivas. Em nota, a diretoria do sindicato afirmou:
"O STILASP [Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Laticínios e Alimentação de São Paulo] é contra as jornadas 6x1 e 6x2, nossa luta é para que todos trabalhadores tenham qualidade de vida e saúde mental."
No terceiro trimestre deste ano, a PepsiCo registrou lucro de US$ 2,93 bilhões, superando suas próprias previsões. A empresa transnacional estadunidense do ramo de bebidas, lanches e alimentos afirma que vem crescendo no Brasil "em bom ritmo", mas seus acionistas pressionam permanentemente por uma exploração cada vez maior dos trabalhadores e das trabalhadoras nas fábricas, a fim de encher seus bolsos ainda mais.
Centenas de pessoas participaram ativamente das mobilizações que foram realizadas nos últimos dias, em especial, o ato-panfletagem pela redução da jornada de trabalho no dia 15 (sexta) e a 2ª Marcha Pela Memória Negra no dia 20 (quarta).
As últimas semanas foram de intensificação nacional das lutas pelo fim da escala 6x1 e o combate ao racismo, e em São Carlos não foi diferente. Centenas de pessoas participaram ativamente das mobilizações que foram realizadas nos últimos dias, em especial, o ato-panfletagem pela redução da jornada de trabalho no dia 15 (sexta) e a 2ª Marcha Pela Memória Negra no dia 20 (quarta).
Após a agitação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que pauta a redução da jornada de trabalho no Brasil na Câmara dos Deputados, diversas organizações, partidos, movimentos, entidades, sindicatos e coletivos pelo país endossaram a importância da pauta construindo diversas mobilizações no 1º Dia Unificado de Luta Pelo Fim da Escala 6x1. Aqui em São Carlos, o dia foi marcado por um ato-panfletagem realizado em diversos pontos da cidade, mas com foco na zona sul, região que abriga o maior contingente de trabalhadores e trabalhadoras da cidade.
A pauta tem ganhado força por conta da possibilidade de mudança direta na realidade de milhões de trabalhadores, como, por exemplo, a diminuição do desemprego através do aumento do número de postos de trabalho. As propostas que têm sido colocadas em debate apontam para a redução da jornada semanal de trabalho para 30h, na escala de 4 dias trabalhados com 3 de descanso, sem redução salarial. A perspectiva é que mais ações sobre o tema sejam realizadas, com a possibilidade de um novo dia de lutas nacional.
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