Quarta, 04 de Dezembro de 2024
Das histórias SUMAÚMA

A emoção de estar ao pé de uma sumaúma em Belém do Pará

Por José Hamilton de Aguirre Jr, Eng. Florestal e Agrônomo

04/11/2024 às 12h51 Atualizada em 04/11/2024 às 19h36
Por: Gilberto Gonçalves
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A emoção de estar ao pé de uma sumaúma em Belém do Pará

É inacreditável! Temos a sensação de que somos menos que um grão de areia...

A Sumaúma - Ceiba pentandra, é umas das espécies arbóreas amazônicas mais impressionantes. O significado e origem de seu nome vem do tupi-guarani: "árvore da vida” ou “escada do céu”. Os indígenas e amazônidas a consideram “a mãe” de todas as árvores. Pode atingir impressionantes 70 m de altura, demarcando longas distâncias da paisagem, com o domínio do topo da estrutura florestal (o que denominamos dossel). Também, suas raízes tabulares (como tábuas), eram e são usadas ainda, como comunicação no interior da mata, pela refração do som, quando se bate nas mesmas. A espécie ainda abriga mamíferos, pássaros, répteis, insetos e outras plantas em sua estrutura.

É um vegetal colossal, que conduz, desde suas gigantes raízes, milhares de litros de água por dia, até sua copa, onde evapotranspira durante o dia, ajudando a resfriar seu entorno e, no ciclo das águas, pelos "rios voadores", fonte de água para a América do Sul, agente auxiliar na estabilidade climática global.

Outra curiosidade recém descoberta por pesquisadores como Antônio Nobre é que ela pode reverter o fluxo de sua seiva para o solo à noite, ajudando a manter as árvores e vegetais de seu entorno, nos períodos mais secos do ano. Exemplar "bebê", situado no Parque Zoobotânico Museu Paraense Emílio Goeldi, Belém do Pará, visitado em Setembro de 2024.

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